Estado já estruturou equipes e unidades de saúde para iniciar aplicação imediata em grávidas a partir da 28ª semana
O Ministério da Saúde começou, nesta terça-feira (2), a distribuição nacional da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por grande parte dos quadros de bronquiolite em recém-nascidos. Mato Grosso do Sul foi contemplado com 10.755 doses, suficientes para dar início à imunização de gestantes pelo SUS.
A rede de saúde estadual já está mobilizada para a nova etapa. A Secretaria de Estado de Saúde finalizou o treinamento das equipes municipais e definiu, junto às Unidades Básicas de Saúde, o fluxo de atendimento e aplicação do imunizante. A previsão é que os primeiros lotes cheguem entre hoje e quarta-feira (3), permitindo o repasse imediato às cidades conforme a logística de cada região. A meta é alcançar todas as grávidas a partir da 28ª semana de gestação.
Segundo a secretária-adjunta de Saúde, Crhistinne Maymone, o planejamento antecipado garante rapidez e segurança. Ela destaca que o alinhamento prévio com os municípios assegura que a operação ocorra sem falhas, desde a distribuição até a aplicação das doses.
A vacina é destinada exclusivamente às gestantes, para que os anticorpos sejam transferidos aos bebês e ofereçam proteção logo após o nascimento. O VSR é responsável por aproximadamente 60% das pneumonias em crianças menores de dois anos. Estudos indicam que o imunizante proporciona cerca de 81,8% de eficácia contra quadros graves nos primeiros três meses de vida.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enfatizou o caráter inédito da disponibilização pelo SUS e o impacto na saúde infantil. Ele reforçou que a inclusão da vacina demonstra o compromisso do sistema público com ações preventivas e com o cuidado integral às famílias.
Com apoio do Instituto Butantan e parceria com o laboratório fabricante, o país passa agora a produzir a vacina em território nacional, ampliando autonomia e garantindo oferta contínua.
Além da proteção direta aos bebês, a imunização também tende a reduzir a sobrecarga em hospitais e UTIs durante os períodos de maior circulação do VSR, contribuindo para desafogar o sistema de saúde nos meses mais críticos.