Boletim da SES aponta alta incidência das doenças no Estado e alerta para importância da vacinação contra a dengue em crianças e adolescentes
Mosquito Aedes aegypti é um transmissor de várias doenças, incluindo dengue, chikungunya e Zika - Foto: Fiocruz
De janeiro a julho de 2024, Mato Grosso do Sul já registrou 13.666 casos prováveis de dengue, dos quais 7.636 foram confirmados, segundo dados divulgados no boletim da 30ª semana epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde (SES/MS). O Estado também contabiliza 17 mortes por dengue, enquanto outras 7 estão em investigação.
Os óbitos foram registrados nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Iguatemi, Paranhos, Itaquiraí, Água Clara, Miranda, Aparecida do Taboado, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande. Seis das vítimas apresentavam comorbidades, fator que contribui para o agravamento da doença.
Em relação à vacinação, o Estado já aplicou 181.578 doses da vacina contra a dengue, de um total de 241.030 recebidas do Ministério da Saúde. A imunização é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias, faixa etária com maior número de hospitalizações pela doença. O esquema vacinal prevê duas doses, com intervalo de três meses.
Apesar do número expressivo de notificações, 23 municípios, incluindo Campo Grande, Ponta Porã, Aquidauana, Itaporã, Sidrolândia e Três Lagoas, apresentaram baixa incidência de casos confirmados nas últimas duas semanas, segundo o boletim.
O boletim também aponta 13.613 casos prováveis de chikungunya no Estado em 2024, com 6.629 confirmações no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Entre os casos registrados, 70 envolvem gestantes, o que exige acompanhamento mais rigoroso por parte da rede de saúde.
Já são 16 mortes confirmadas por chikungunya em Mato Grosso do Sul, com registros em Dois Irmãos do Buriti, Vicentina, Naviraí, Terenos, Fátima do Sul, Dourados, Sidrolândia, Glória de Dourados, Maracaju e Iguatemi. Do total de vítimas, 12 apresentavam comorbidades.
A SES reforça a necessidade de manutenção das ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor das duas doenças, e alerta para os sintomas, que incluem febre alta, dores articulares, manchas pelo corpo e mal-estar geral. A orientação é procurar imediatamente atendimento médico ao apresentar sinais suspeitos.