Estado já registra mais de 13 mil casos prováveis da doença em 2025, com 12 mortes confirmadas e cidade em que 1 a cada 18 moradores foi infectado
O número de casos de Chikungunya em Mato Grosso do Sul já é alarmante. Segundo boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (3) pela Secretaria de Estado de Saúde, o estado contabiliza 13.163 casos prováveis da doença em 2025. O número é 300% maior que os 2.766 casos registrados em todo o ano passado.
Até o momento, 5.428 casos foram confirmados laboratorialmente. Entre os infectados estão 60 gestantes e 12 pessoas que morreram em decorrência da doença. As mortes ocorreram nos municípios de Dois Irmãos do Buriti, Vicentina, Naviraí, Terenos, Fátima do Sul, Dourados, Sidrolândia, Glória de Dourados e Maracaju. Em oito desses casos, as vítimas apresentavam comorbidades.
O município com maior número absoluto de casos é Maracaju, com 1.681 registros. No entanto, em termos proporcionais, o maior índice de incidência está em Glória de Dourados. Apesar de contabilizar 557 casos, a cidade tem população de apenas 10.444 habitantes, o que representa uma incidência de 5.333,2 casos a cada 100 mil moradores — o equivalente a 1 caso para cada 18 pessoas.
Em Campo Grande, capital do estado, foram confirmados 105 casos até agora. A taxa de incidência é considerada baixa: 11,7 casos a cada 100 mil habitantes.
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti — o mesmo vetor da dengue —, a Chikungunya é uma doença viral que provoca sintomas como: Febre alta, Dores intensas nas articulações, Manchas vermelhas e coceira na pele, Dor de cabeça e atrás dos olhos, Náuseas, vômitos e calafrios, Diarreia e dor abdominal, especialmente em crianças.
Em casos mais graves, o vírus pode causar complicações neurológicas como encefalite, mielite, meningoencefalite e síndrome de Guillain-Barré.
Ainda não há vacina contra a Chikungunya, e o tratamento é baseado no alívio dos sintomas. A maioria dos infectados melhora em até uma semana.