Pollon acusa o governo Lula de ignorar o conteúdo da carta enviada por Donald Trump ao presidente brasileiro - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) voltou a defender, nesta terça-feira (30), que o impasse diplomático entre Brasil e Estados Unidos, diante da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, só será resolvido se houver anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro. “A mensagem de Trump foi clara. Sem anistia, sem conversa. O único caminho é soltar os presos políticos”, afirmou o parlamentar.
Pollon acusa o governo Lula de ignorar o conteúdo da carta enviada por Donald Trump ao presidente brasileiro no início de julho, em que o ex-presidente dos EUA exige o fim da “perseguição política” a Jair Bolsonaro e seus aliados. “Desde o início, o Governo Americano expôs as condições para acabar com as tarifas. Se o Brasil não colocar a anistia na mesa, qualquer tentativa de negociação irá falhar”, reforçou.
O deputado sul-mato-grossense responsabiliza a política externa do atual governo pela crise diplomática e econômica. Para ele, a aproximação de Lula com regimes autoritários e ditaduras “comprometeu a neutralidade histórica do Brasil”, afastando antigos parceiros comerciais, como os Estados Unidos.
Diante disso, Pollon protocolou um pedido de impeachment contra o presidente Lula, por entender que houve violação do artigo 5º, inciso I, da Lei nº 1.079/1950, que trata de crimes de responsabilidade. Ele acusa o presidente de ter praticado “ato de hostilidade contra nação estrangeira”, colocando o país em risco de conflito e comprometendo sua neutralidade diplomática.
Além disso, Marcos Pollon é autor do Projeto de Lei 4485/2024, que propõe a revogação das punições aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 e 9 de janeiro de 2023, defendendo que a medida busca preservar a ordem democrática e os direitos fundamentais. O projeto foi apensado ao PL 5643/2023, de autoria do deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), que trata da mesma temática.
*Com informações da assessoria