Dourados
Goleiros são decisivos nas semifinais e final colocará em jogo prêmio de R$ 77 milhões
Os confrontos decisivos das semifinais da Copa do Brasil de 2025 definiram, neste domingo (14), os dois clubes que seguem na briga pelo título mais rentável do futebol nacional. Corinthians e Vasco carimbaram a vaga na final após disputas dramáticas de pênaltis, superando Cruzeiro e Fluminense, respectivamente, em duelos marcados pelo protagonismo dos goleiros.
A decisão será disputada em dois jogos. O primeiro confronto acontece na quarta-feira (17), às 21h30 (horário de Brasília), na Neo Química Arena, em São Paulo. A partida decisiva está marcada para o domingo seguinte (21), às 16h, no Maracanã, encerrando oficialmente a temporada do futebol masculino brasileiro em 2025. Ambos os jogos terão transmissão ao vivo pela Rádio Nacional.
O Corinthians foi o primeiro a assegurar presença na decisão. Após perder por 2 a 1 para o Cruzeiro no tempo regulamentar, o time paulista levou a melhor nos pênaltis por 5 a 4, em casa. No jogo de ida, disputado no Mineirão, o Timão havia vencido por 1 a 0, o que levou o confronto para a igualdade no agregado.
Com três títulos da Copa do Brasil no currículo, o último conquistado em 2009, o Corinthians chega à sua oitava final na competição. A classificação mantém viva a chance de o clube garantir vaga direta na Libertadores de 2026, cenário possível apenas com a conquista do título. Caso fique com o vice, o time, que terminou o Brasileirão na 13ª colocação, disputará a Copa Sul-Americana.
Já o Cruzeiro, terceiro colocado no Campeonato Brasileiro, está assegurado na fase de grupos da Libertadores e se despede da competição nacional após atuação competitiva. Precisando reverter a desvantagem do primeiro jogo, a equipe mineira iniciou a partida pressionando e criou boas oportunidades, principalmente com o colombiano Luis Sinistierra. O atacante, porém, deixou o campo ainda no primeiro tempo por problemas físicos.
O substituto, Keny Arroyo, foi decisivo. O equatoriano marcou de cabeça aos 39 minutos da etapa inicial e voltou a balançar as redes no começo do segundo tempo, em lance inicialmente anulado, mas validado pelo VAR. O Corinthians reagiu rapidamente e diminuiu com Matheus Bidu, após jogada aérea e falha na defesa cruzeirense, levando o confronto novamente à igualdade.
Com o placar mantido até o fim, a vaga foi decidida nos pênaltis. Hugo Souza assumiu o protagonismo ao defender cobranças importantes, enquanto Breno Bidon converteu o chute decisivo que garantiu o Timão na final.
Na outra semifinal, o Vasco também precisou dos pênaltis para eliminar o Fluminense. Derrotado por 1 a 0 no tempo normal, o Cruzmaltino levou a decisão para as penalidades graças à vitória por 2 a 1 no jogo de ida. Nas cobranças, triunfo vascaíno por 4 a 3, com destaque para o goleiro Léo Jardim.
A classificação coloca o Vasco em sua terceira final de Copa do Brasil. O único título do clube na competição foi conquistado há 14 anos, e a vaga mantém viva a possibilidade de retorno à Libertadores. Caso termine como vice, o time, que ficou em 14º no Brasileirão, disputará a Sul-Americana. O Fluminense, por sua vez, encerra a campanha já garantido na fase de grupos da Libertadores, graças ao quinto lugar no campeonato nacional.
Mesmo com a vantagem no agregado, o Vasco iniciou melhor a partida e criou chances claras, exigindo boas defesas do goleiro Fábio. O Fluminense abriu o placar ainda no primeiro tempo, em um lance infeliz da defesa vascaína, quando Paulo Henrique acabou marcando contra após jogada de Canobbio.
Na etapa final, Fábio voltou a ser decisivo, evitando o empate em finalizações perigosas, enquanto o jogo se tornava cada vez mais truncado e marcado por faltas. Com o placar inalterado, a decisão foi para os pênaltis.
Na disputa, Léo Jardim brilhou ao defender cobranças decisivas, incluindo o chute final de Canobbio. Coube ao lateral Puma Rodríguez converter a última penalidade e confirmar o Vasco na grande final.
Com isso, Corinthians e Vasco duelam pelo título da Copa do Brasil de 2025 e pela premiação milionária de R$ 77 milhões, em uma decisão que promete casa cheia, forte rivalidade e alto nível de tensão.