Dourados
Grupo ficou de fora da primeira leva de brasileiros que cruzou a fronteira com a Jordânia; clima é de tensão
Christinne, Marcos e Ricardo seguem aguardando liberação para retornar ao Brasil.
Três servidores do governo de Mato Grosso do Sul continuam em Israel à espera de resgate, após ficarem de fora do primeiro grupo de brasileiros que conseguiu deixar o país pela fronteira com a Jordânia, nesta segunda-feira (16). Apesar do momento de tensão, todos estão em segurança, segundo informou a secretária-adjunta de Saúde do Estado, Crhistinne Maymone.
“Estamos todos bem. Somos 22 pessoas nesta comitiva. Estamos seguros em um hotel, com o apoio das embaixadas de Israel e do Brasil, especialmente do Ministério das Relações Exteriores de Israel”, disse Crhistinne. A secretária reforçou que as autoridades diplomáticas analisam rotas terrestres, mas classificou o cenário como “muito difícil e tenso”.
Além de Crhistinne, integram a comitiva sul-mato-grossense o secretário executivo de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna, e o coordenador de tecnologia da Secretaria de Saúde, Marcos Espíndola. Os três participavam de missão oficial do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC), que reunia representantes de Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Maranhão e Mato Grosso.
A missão teve início no dia 7 de junho e estava prevista para terminar no dia 14, mas foi interrompida após o agravamento do conflito entre Israel e Irã na última quinta-feira (12). Desde então, o espaço aéreo israelense foi fechado e as comitivas brasileiras passaram a buscar alternativas por via terrestre, com o auxílio do Itamaraty.
Doze brasileiros conseguiram deixar Israel nesta segunda-feira (16), com apoio das embaixadas e do governo da Jordânia. O grupo cruzou a fronteira por via terrestre e seguirá viagem a partir da Arábia Saudita, onde o espaço aéreo permanece aberto.
Entre os resgatados estão o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (MG), a vice-prefeita de Goiânia, Cláudia Lira (GO), o prefeito de João Pessoa, Cícero de Lucena (PB), e outros representantes municipais e técnicos de segurança pública de diversos estados.
Segundo o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), outros seis prefeitos brasileiros optaram por permanecer em Israel e aguardam a próxima oportunidade de resgate, junto com os servidores sul-mato-grossenses.
Em vídeo, Crhistinne Maymone agradeceu o apoio e pediu orações: “Contamos com a oração de todos vocês. Estamos esperançosos de voltar em breve com segurança ao Brasil”.