Grupo segue retido no Oriente Médio e espera embarcar até sexta-feira (20); viagem depende de logística do governo israelense
Após atravessarem da zona de conflito em Israel para a Jordânia, os secretários de Mato Grosso do Sul que participavam de missões institucionais aguardam a emissão de passagens para retornar ao Brasil. A secretária-adjunta de Saúde do Estado, Christinne Maymone, relatou nesta quarta-feira (18) que o grupo está exausto e mantém a esperança de embarcar nesta quinta (19), com chegada prevista ao país na sexta (20).
"Estamos rezando para embarcar amanhã. Ainda não consegui processar tudo o que vivemos, só agradecer a Deus pela vida e o apoio de todos", disse Christinne ao Midiamax. Ela contou que, após enfrentar a pandemia, jamais imaginou passar por uma situação semelhante.
A travessia dos secretários até a Jordânia foi feita com apoio de autoridades israelenses. Em solo jordaniano, os brasileiros foram recebidos pela imigração e estão hospedados em um hotel à espera da liberação dos voos, que são de responsabilidade do governo de Israel.
O grupo integra duas frentes institucionais brasileiras: a Expo Muni e o Consórcio Brasil Central. A maior parte dos participantes deve embarcar em voos com conexões a partir de Doha, no Catar, com apoio da Embaixada do Brasil no país.
O senador sul-mato-grossense Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, acompanha a situação e a nova fase da retirada dos brasileiros. O Itamaraty também monitora os casos e, diante da instabilidade no Oriente Médio e do fechamento do espaço aéreo israelense, não descarta a possibilidade de um resgate aéreo, dependendo das condições de segurança e da logística disponível.
A CRE segue em contato com 56 brasileiros em missão religiosa na Galileia e outros turistas que buscam apoio para repatriação. Enquanto isso, os secretários sul-mato-grossenses aguardam ansiosamente o reencontro com suas famílias.